26Abr

Sempre houve uma luta de punhos cerrados no florir de uma nova geração: pedra nos sapatos de cada época. Os conflitos intergeracionais fazem parte da gastronomia literária. Houve e haverá sempre novas tendências literárias. A literatura não se conforma; está em constantes questionamentos, daí, o surgimento de várias correntes ou escolas literárias, como o romantismo, naturalismo, simbolismo, barroco, surrealismo entre outras correntes que dinamizaram a literatura Universal.

            Toda a arte é condenada à história. Há um nó de suicídio no pescoço literário juvenil. Oiço, cada vez que me deparo com os meus contemporâneos, as mesmas reclamações: LEGADO, como se de uma empresa familiar se tratasse. O legado deve ser o conjunto de experiências adquiridas, obras lidas a todos os níveis e, pesquisas no campo académico. A constante reclamação sobre o legado, que se não fez passar à nossa geração, não revela o fraco grau de instrução? Falta ousadia literária; beber de outros rios, e não sermos interdependentes. Caso contrário, a nossa arte estaria condenada ao fracasso.

            A teoria da evolução das espécies de Darwin seria aqui chamada para demonstrar que, tal como os animais evoluem, a literatura também não é estática. Há valores que devemos pescar como peixes. Conhecer o velho; estudar o presente para que o advento do novo esteja sentado num banco de equilíbrio e seja conhecedor do lugar em que se senta. As transgressões literárias ou rupturas só são possíveis quando se tem o domínio das ferramentas literárias. É necessário que desatemos o nó com mais leituras; mais estudos; mais pesquisas e menos conformismo. O resto fica nas mãos do tempo.

Atalhos:

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